O Formador Gilson Lopes proferirá dois minicursos na
I Semana de Letras da UFPel (dezembro de 2013).
Confira os respectivos resumos clicando no link abaixo.
MUSICOLINGUÍSTICA: ESTUDO DE DUAS TEMÁTICAS EM FRANCÊS
Gilson Ramos Lopes Neto
A música faz inquestionavelmente parte do cotidiano de nós seres humanos. A rádio, a televisão, nossos cantores preferidos, as crianças, o despertador confirmam que esta afirmação bate à porta diariamente e frequentemente ao longo da nossa breve passagem pelo planeta Terra. O som psicoafetivo, com outras palavras “a música”, é um elemento natural capturado pelo sistema auditivo causando-nos sensações, por vezes inexplicáveis. Uma simples música pode nos levar a outra dimensão. Graças às investigações do pesquisador e professor de música suíço Robert Hisland- Hiestand, comprovou-se que a música é um elemento motivador e estratégico para a aprendizagem de línguas, o que o levou a criar o sistema revolucionário denominadoCO.MU.PH.AN. Este método tem por objetivo especial de quebrar o princípio de que as línguas estrangeiras devem ser bombardeadas com regras da gramática normativa e com duros exercícios bastante desmotivantes para os alunos. Foi-se observado também que a Musicolinguística é um agente extremamente eficaz para eliminar o sotaque da língua materna do aluno ao decorrer do estudo do sistema. A leitura silábica musical assegura eficaz desempenho fonético em língua estrangeira, consequentemente na fala do idioma estudado. Por meio deste minicurso, o ministrante Gilson Lopes, licenciado pelo ISM no Sistema CO.MU.PH.AN (habilitação em 4 línguas) e atual estudante do curso de Letras português-francês da Universidade Federal de Pelotas, fará uma breve apresentação da história da Musicolinguística, explicará a abordagem teórica do sistema CO.MU.PH.AN e realizará na prática o estudo de duas temáticas em língua francesa tal qual é realizada no Instituto.
DO LATIM PARA O PORTUGUÊS: PRINCIPAIS METAPLASMOS
Gilson Ramos Lopes Neto
Em
algum momento de nossa vida, alguém já nos soltou a seguinte frase: “o
português é uma língua (neo)latina, “o latim é uma língua morta” ou até
mesmo “o latim é uma língua viva do passado”, como citou o filólogo
Alceu Dias Lima (1995:19). Mas, afinal, qual é a influência que esta
língua tão longíqua exerce no dia-a-dia de centenas de milhões de
indivíduos? Vamos então observar um fato mais cotidiano: por que falamos
(e escrevemos) a palavra “probabilidade” em vez de “provavilidade”,
haja vista que a anterior vem de “provável”? “Mensal” em vez de “mesal”,
“pluvial” em vez de “chuvial”, “gradual” em vez de “graual”, “aquoso”
em vez de “aguoso” ou até mesmo “aurífero” em vez de ourífero”?
Reflexões norteadoras a fim de responder a estes questionamentos serão
abordadas neste minicurso que será ministrado por Gilson Lopes,
estudante de graduação Letras português-francês da Universidade Federal
de Pelotas. Esta formação será destinada a todos os curiosos que já se
questionaram sobre fenômenos desta ordem que só são justificados pelos
estudos diacrônicos (Mattoso Câmara que nos perdoe!). Possivelmente,
algumas frases clichés do tipo “é assim porque é assim”, proferidas por
nossos professores do ensino fundamental, encontrarão de fato uma razão
plausível de ser. De forma lúdica, descontraída e abrindo os ares para
comparações com outros idiomas, o facilitador propõe uma análise das
principais modificações fonéticas denominadas “metaplasmos” que
resultaram na maioria dos vocabulários do léxico português oriundas da
”Língua do Lácio”. Os participantes, ao término da formação, olharão
inevitavelmente a “Língua de Camões” com outros olhos.